Teste do pezinho: por que é tão importante?

O teste do pezinho é considerado fundamental para todos os bebês. O teste, que faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), consegue identificar até 50 doenças metabólicas, genéticas e infecciosas logo nos primeiros dias de vida da criança.
A chegada de um bebê é precedida por muita preocupação quanto a sua saúde, requerendo cuidados pré-natais para garantir as melhores condições para um parto seguro. Mas os cuidados não cessam após o nascimento.
Muitas doenças raras não se manifestam nos primeiros meses de vida, tornando o diagnóstico clínico delas improvável. Felizmente, com o avanço da medicina, cada vez mais doenças podem ser detectadas em estágios iniciais pelo teste do pezinho.
A identificação precoce de doenças raras é essencial para conseguir iniciar o tratamento com as melhores possibilidades de evitar complicações e de promover qualidade de vida para a criança.
O teste do pezinho é um direito de todo recém-nascido no Brasil. O exame é praticamente indolor e o resultado fica pronto entre 7 e 30 dias, dependendo da instituição de saúde no qual é realizado.
A Bebê Dorminhoco valoriza o bem-estar infantil e preparou este blog com as principais informações atualizadas sobre o assunto.
Continue a leitura para saber mais sobre o que é, como é feito, qual é o período adequado para ser realizado e a importância do teste do pezinho.
O que é o teste do pezinho
O teste do pezinho é um exame para identificar doenças raras em recém-nascidos. Rápido e indolor, uma pequena amostra de sangue é analisada em busca de indícios de 50 doenças genéticas ou metabólicas que podem causar sérios prejuízos à qualidade de vida.
A progressão de doenças detectadas pelo exame pode prejudicar o desenvolvimento saudável da criança, com risco de quadros de deficiência intelectual e motora.
A saúde de todo cidadão é dever do Estado, conforme a Constituição Federal. Além da obrigação constitucional, as doenças metabólicas e genéticas representam um grave problema para o poder público à medida que a evolução das condições médicas resultam em mais gastos.
Políticas públicas para a saúde infantil
O exame de pezinho é um direito de todo brasileiro e está disponível gratuitamente no Sistema de Saúde há 30 anos desde a publicação da Portaria GM/MS nº 22, de 15 de janeiro de 1992.
Em alguns estados e municípios, o teste do pezinho é obrigatório por lei. Em São Paulo, por exemplo, a Lei 10.889/01 institui a campanha informativa permanente à saúde da gestante e a obrigatoriedade do exame em bebês nascidos em território paulista.
No âmbito do governo federal, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) é responsável por determinar as diretrizes para o combate às doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas no país.
A agenda de ações preventivas são elaboradas conjuntamente por Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Em seu esforço em promover o acesso às ações de prevenção, de intervenção precoce e de assistência médica permanente, o programa conduziu os processos de instauração do teste do pezinho no Brasil na década de 1970.
A divulgação contínua do exame conscientizou a maioria da população brasileira quanto à importância do teste do pezinho. Nos últimos anos, o percentual de recém-nascidos que realizaram os exames da triagem neonatal foi superior a 80%, segundo dados do Ministério da Saúde.
Em 2021, de acordo com publicação da Casa Civil, o programa de triagem testou 2.2 milhões de bebês, em cerca de 29 mil pontos de coleta em todo país.
Apesar de ainda distante da totalidade de crianças nascidas no Brasil, as políticas de neonatal contribuíram para a redução da taxa de mortalidade infantil no país.
Para que serve o teste do pezinho
Os 14 grupos de doenças investigados pelo teste do pezinho apresentam particularidades que dificultam o diagnóstico no período neonatal — desde o nascimento até 28 dias de vida completados.
É o exame mais completo que pode ser efetuado após o nascimento para identificação de 50 doenças. Apesar de raras, as condições afetam boa parcela da população.
Um a cada 10 mil bebês nascem com fibrose cística no Brasil, por exemplo. A doença genética altera a espessura das secreções do organismo e geram uma série de complicações para a saúde. A expectativa de vida de pessoas com fibrose cística é de cerca de 40 anos.
Se o diagnóstico for feito ainda durante o neonatal, os tratamentos precoces têm maior chance de gerar qualidade de vida do que os realizados em estágio mais avançado da doença.
A popularização do teste do pezinho e outras medidas de triagem neonatal conseguiram reduzir a taxa de mortalidade infantil (TMI) no país. Proporcionalmente, morreram três vezes menos bebês até um ano de idade em 2015 em relação a 1990.
O teste do pezinho é um exame simples e rápido que quase não dói.
Como é feito o teste do pezinho
São coletadas gotas de sangue do calcanhar do bebê para serem analisadas em laboratório em busca de possíveis alterações.
O exame é realizado em maternidade ou hospital do nascimento. No SUS, muitas maternidades fazem o teste habitualmente antes da alta hospitalar.
Caso o teste de pezinho apresente resultado positivo para alguma anormalidade, os pais recebem orientação médica para dar sequência aos exames mais específicos que confirmam ou não o diagnóstico.
Quando fazer o teste do pezinho
O teste do pezinho deve ser realizado preferencialmente entre o terceiro e o sétimo dia de vida, mas pode ser feito até 28 dias após o nascimento.
Teste do pezinho ampliado
O teste do pezinho era originalmente feito para detectar a fenilcetonúria e foram posteriormente incluídas as doenças hipotireoidismo congênito (2006), hemoglobinopatias (2013), Fibrose Cística (2013), hiperplasia adrenal congênita e deficiência da biotinidase (ambas em 2014).
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, 6 de junho, em 2022, passou a vigorar a lei que ampliou o leque de anomalias diagnosticadas pelo teste do pezinho para 50 doenças.
A Lei nº 14.154 de 26 de maio de 2021 alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente para incluir doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, toxoplasmose congênita e outras hiperfenilalaninemias, galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos, doenças lisossômicas, imunodeficiências primárias e atrofia muscular espinhal.
O teste do pezinho básico foi substituído pelo teste do pezinho ampliado.
Garanta a segurança e conforto do seu bebê
A saúde do seu filho vem em primeiro lugar para a Bebê Dorminhoco. O bem-estar é essencial para o desenvolvimento pleno do ser humano.
Valorizamos o bem-estar infantil e de todos da família do bebê. Uma rotina equilibrada e medidas que incentivam a obediência na criança são fundamentais para manter tudo em harmonia.