O seu caminho para resolver as birras é desativar a sirene na cabeça do seu filho!

Anote isso aqui pra sempre: quando estamos passando por um problema em qualquer área da vida é normal nos identificarmos profundamente com ele.

O problema e você se tornam uma coisa só, pois te envolve emocionalmente.

No caso da birra do seu filho, dos berros e até mesmo das agressões, é o mesmo. Parece que somos sugadas na hora para um buraco negro e paramos de raciocinar.

Neste momento, descemos para o ‘playground’ com o nosso filho, mas não para brincar.

Ficamos tão irritadas e fora de nós mesmas que única solução é gritar e mostrar quem realmente manda. Algumas mães ainda vão além e batem nos filhos.

Se você já passou por isso, em qualquer nível, está tudo bem, a culpa não é sua e nem do seu filho.

Na escola estudamos matemática e mais um monte de matérias por anos a fio...

Mas ninguém nos ensina como funcionam as nossas emoções e como lidar com elas.

A maternidade, então, é cheia de desafios emocionais, pois mudamos completamente a estrutura e funcionamento do nosso corpo para gerar um bebê.

Os hormônios são alterados e, claro, o nosso humor e reações!

Mas se você está aqui, já é uma vitoriosa, pois está buscando uma forma de entender o que acontece e descobrindo como contornar essas situações de maneira sábia.

A maioria das mães sequer tem condições de perceber isso...

É exatamente o que vou te falar aqui: o método que ensino é baseado na neurociência, ou seja, a ciência que estuda o nosso cérebro.

Mas fique tranquila, o meu papel é facilitar a sua compreensão, é trazer tudo mastigado pra você.

Eu, enquanto estava no auge do desespero, tive que arregaçar as mangas e aprender aos trancos e barrancos, filtrar o que servia ou não para os meus filhos. Foi um processo longo e demorado.

E com esse conhecimento teórico e prático, eu já ajudei milhares de mães a fazer o mesmo.

Você precisa entender que existem dois tipos de birras: a emocional e a intencional.

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Mas antes de conceituar cada uma e a forma de lidar com elas, entenda como funciona o nosso sistema.

Existe uma parte do cérebro do seu filho que se chama córtex pré-frontal, e lá está a chave dourada.

É lá que estão as sementes das habilidades e comportamentos que você deseja que o seu filho tenha.

O que você precisa é criar os estímulos certos para fazer com que o seu filho exercite o desenvolvimento da maturidade - o que irei te ensinar no meu método.

Não estou falando aqui em deixar o seu filho decidir tudo por si, ou forçar a barra em qualquer situação, e sim em criar um ambiente em que ele possa ser estimulado da forma correta.

Com o córtex cada vez mais desenvolvido, abrimos espaço para uma criança que lida com o mundo a sua volta de forma cada vez mais madura.

Mas vou te dizer a verdade: essa parte é a mais fácil.

O outro lado da moeda é onde se escondem os desafios.

O córtex pré-frontal seria o lado racional da moeda. Do lado emocional, temos a amígdala.

Ela é a sede dos nossos instintos primitivos, das nossas reações frente a situações de stress, é quem comanda o corpo: devo lutar ou devo fugir?

Na amígdala é onde está localizada a sirene de emergência dentro do seu filho, que é responsável por ligar o sinal de alerta vermelho quando algo a ameaça.

Por exemplo:

Supondo que você esteja caminhando por um lindo jardim e de repente dê de cara com uma cobra gigante. Na hora sobe aquele frio pela sua espinha e você, em segundos, decide se vai ‘lutar’ contra a cobra ou se vai correr dela.

Essa resposta instintiva ativa em você uma série de substâncias hormonais que conduzem estímulos pro seu corpo, fazendo com as respostas físicas apareçam.

O exemplo acima é de uma situação real: você viu uma cobra.

Só que a amígdala não sabe distinguir o que é real do que não é real, pois a função dela é te proteger no menor sinal de ameaça, ainda que não se confirme.

Então, vamos supor que você e seu filho estão só em casa durante à noite, o seu marido tinha uma reunião e avisou que chegaria mais tarde.

De repente você começa a ouvir sons: porta fechando cuidadosamente; passos leves pela casa; algum ou outro som que você não consegue identificar… isso dura cerca de 10 segundos, até você descobrir que era o seu marido que tinha conseguido chegar mais cedo.

Nesse meio tempo, você sequer teve tempo para raciocinar e entender que podia ser o seu marido retornando, o seu sistema de proteção já ativou em você o instinto de proteção e começaram as reações corporais.

Agora trazendo pra realidade do seu filho…

Ele está brincando no chão e, de forma inocente e usando da curiosidade que lhe é inata, começa a se dirigir à tomada elétrica e está prestes a colocar o dedo nela.

A sua reação imediata é dar um grito para que ele pare.

Aqui tudo bem, é uma reação esperada e extremamente necessária.

Só que aí eu te pergunto: será que todas as vezes a sua reação é condizente com a situação? Ou você, muitas vezes, age no impulso, no calor do momento e acaba dando início ao ciclo da birra?

Pois é, sinto te dizer que na maioria das vezes você está ativando o alerta vermelho dentro do seu filho e toda uma série de reações se desencadeiam dentro dele.

Essas reações liberam hormônios nele também, substâncias que começam a deixá-lo confuso, desorientado e se sentindo desprotegido.

Então, a reação dele também é reagir de maneira impulsiva.

E vale lembrar mais uma vez: o seu filho está em formação, o desenvolvimento é progressivo e essa sirene na cabecinha dele o deixa confuso e sem saber como reagir.

Desse modo, o mais natural é seguir o que o corpo está dizendo pra fazer: gritar, extravasar, cair no chão, e por aí vai.

Agora imagine um cenário diário, quantas vezes esse sistema não é disparado sem motivo real?

Imagine a bola de neve que vai se formando dentro dele?!

Resultado:

Choro, crises, gritos, dificuldades de dormir e por aí vai…

A pergunta que eu tenho pra você é: está disposta a mudar na raiz essa história? Sim ou não?

Acabar com as birras nada mais é do que conduzir, de forma saudável, o crescimento do seu filho, respeitando cada fase em que ele se encontra no momento.

Repito:

É importante entender cada fase do seu filho e saber dar os estímulos e reagir de acordo com elas.

Caso contrário, você vai continuar sendo ‘sugada’ toda vez que houver uma crise e, a cada vez que isso acontecer, é um pilar a menos no relacionamento com o seu filho.

E aí, você sabe identificar essas fases?

Para resolver isso você precisa juntar os dois ingredientes que te falei acima: o desenvolvimento do córtex pré-frontal e aprender a lidar com as respostas da amígdala.

Parece difícil, mas não é, eu te garanto. É o uso da ciência a favor do bem-estar e felicidade da sua família.

Esse é meu papel aqui pra você: criar essa ponte entre o que tem de mais avançado nos estudos do funcionamento fisiológico e emocional e a sua vida real, com os desafios que só quem passa entende.

Na próxima página eu vou te falar sobre os 2 tipos de birras e trazer mais detalhes do método que você vai utilizar para contornar as birras por aí.

E aí, está comigo? Então aperte no botão e segue…