Ele foi escrito para mães de carne e osso que, assim como eu, passam pelos desafios diários da educação dos filhos e sentem a exaustão de já ter tentado de tudo para acalmá-los ou para satisfazer os seus desejos, mas nada acabou com o mau comportamento.
Não sei você, mas eu já deixei de fazer passeios com meus filhos com medo de passar vergonha em público por conta do mau comportamento deles e esse foi um dos motivos para eu tomado a decisão de me especializar em psicopedagogia e neurociência.
Eu sou Karla Mendonça, esposa do Vitor e mãe do Edu e do Guto. Sou Neurocientista, nutricionista, mestranda em Educação na universidade da Flórida (Estados Unidos).
Além disso, tenho formações em coach integral sistêmica, analista de perfil comportamental, especialista em sono infantil e neuropsicopedagogia.
Nesse artigo eu vou te falar sobre uma forma eficaz de lidar com o mau comportamento do seu filho sem brigas, castigos, gritos, tampouco sem fazer tudo o que ele deseja.
Você pode até continuar usando esses métodos na busca por criar uma autoridade com ele, mas o tempo vai te mostrar quanto esforço à toa você teve.
A pergunta que fica é: o que você precisa fazer para conquistar essa autoridade de forma saudável, sem desgastar o relacionamento com o seu filho?
Em alguns casos a questão é ainda mais profunda: como recuperar o carinho e afeto do meu filho e educá-lo de uma forma mais livre, madura e que ele possa se expressar sem a necessidade de fazer birras?
Primeiro como filha e depois como mãe, como é lidar com sentimentos contraditórios em relação às pessoas que você mais admira e por quem deveria sentir amor puro.
Meu pai sempre foi autoritário e brigava muito comigo e com minha mãe. Eu cresci assistindo a brigas severas entre eles, o que me gerava um estado de pânico.
Hoje eu tenho consciência de que eles fizeram o melhor que podiam diante da realidade deles. Quando eu era criança, talvez uns 8 aninhos, lembro de viver esse conflito interno entre medo e amor em relação a meu pai.
Uma certa noite, no auge do meu desespero e de mãos atadas por não poder fazer nada...
Se coloque no meu lugar e imagine como é para uma criança de 8 anos, ainda sem tanto discernimento, ter que lidar com esses sentimentos opostos e chegar à conclusão que o melhor é não ter mais por perto a pessoa que deveria ser o seu ídolo, o seu herói?
E instala uma bomba-relógio no centro da família.
E a realidade é que infelizmente esse cenário é mais comum do que imaginamos e corrói as famílias de dentro pra fora, no núcleo mais sensível.
Isso deixa cicatrizes profundas na criança, abala os seus valores e a deixa insegura para viver em um mundo cada vez mais competitivo e instável.
O que você lerá aqui vai sim te ajudar no curto prazo, te dará o sossego que você precisa em relação ao comportamento do seu filho, melhorará as birras, criará novos laços no relacionamento de vocês e trará a sensação de paz e união na família.
O que você está prestes a descobrir aqui é algo que vai fazer a diferença na vida do adulto que você está formando, daqui a alguns anos.
Refiro-me à maturidade emocional que você vai possibilitar ao seu filho para que ele lide de frente com o mundo, pautado nos valores e na segurança que vivenciou dentro do seu lar.
Então, fique presente pra isso: é muito mais sobre o adulto que você vai formar do que apenas as birras que ele tem enquanto criança.
No entanto, para se chegar lá, precisamos, primeiro, olhar para o cenário atual que você vive.
A criança é um adulto em formação, logo, é absolutamente normal determinados comportamentos, fazem parte do desenvolvimento dela.
Não podemos esperar que crianças tenham comportamentos de adultos, e sim de crianças.
Só que a grande diferença está na sua reação em relação ao que a criança faz. Essa é a verdadeira raiz do problema.
“Então você tá querendo me dizer que o problema é todo meu, e não dela?”
Você é a ÚNICA pessoa que tem o poder de ação sobre isso, é o que gostaria de te dizer neste momento!
Como você vai fazer é o que vou começar a te falar aqui neste artigo.
O mais importante antes de darmos qualquer passo é você começar a entender como funciona o comportamento da criança.
Existe um ‘botãozinho’ dentro da cabeça do seu filho que liga nele um ‘alerta vermelho’, responsável pelas crises de birra e de desespero.
Se você não souber como ele é ativado e, principalmente, como desativá-lo, nunca vai conseguir mudar essa situação.
Na próxima página eu vou te falar o que precisa fazer pra contornar isso e desativar o alerta.