Você sabe o que é síndrome de torniquete? Conheça e evite a necrose no bebê!

Pais são treinados cotidianamente a identificar a razão do choro de seus filhos. Basta o bebê abrir o berreiro para começar uma checagem dos possíveis motivos. O problema é quando a causa é desconhecida e passa despercebida pelos pais, como na maior parte dos casos de síndrome de torniquete.
Em geral, o choro de dor é mais intenso e logo coloca todos em alerta à procura da origem do incômodo. O roteiro convencional de verificação dos fatores do choro inclui febre, fralda suja, posicionamento no berço e mordidas de insetos, mas os pais devem acrescentar também à lista fios de cabelos enrolados nos dedos da mão ou do pé.
A princípio, a síndrome de torniquete pode ser resolvida sem complicações. No entanto, a demora para identificar o fio de cabelo enroscado pode levar a falta de irrigação sanguínea na região e provocar a morte do tecido. Em casos mais graves, a isquemia (falta de fluxo de sangue em determinada região) pode levar à amputação.
O perigo da síndrome de torniquete reside no desconhecimento da condição. Os casos são raros, mas ainda assim é importante saber de sua existência e como proceder se o seu filho passar pela mesma situação.
A Bebê Dorminhoco, especialista em sono de qualidade para os bebês, preparou este blog para divulgar a condição ao máximo de pais e mães.
Continue a leitura para entender mais sobre a síndrome de torniquete, como identificar e o risco da condição para a saúde do bebê.
O que é síndrome de torniquete
A síndrome do torniquete capilar é uma condição rara em que um fio de cabelo ou de tecido se prende a uma região do corpo do bebê.
Como o nome “torniquete” sugere, há um estrangulamento da região com o envolvimento por parte do cabelo ou fibra de tecido muito fina. Com o passar do tempo, a compressão dificulta a circulação sanguínea e pode comprometer a oxigenação das células dos tecidos do local.
Em geral, membros externos como dedos dos pés, dedos das mãos e genitália são mais suscetíveis ao enrosco com a fibra, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como a úvula, estrutura localizada na garganta.
A percepção logo no início do incômodo do bebê pode solucionar o problema antes que ele apresente complicações. À medida que o dedo incha pela má circulação de sangue, a remoção do agente causador se dificulta.
A primeira tentativa de remoção é feita pelos próprios pais ao detectar a perturbação. Com cuidado para não machucar a criança, pode ser utilizada uma pinça esterilizada para tentar retirar o fio.
Se o material estiver muito profundo, é preciso buscar ajuda médica. Em um centro hospitalar, após uma anestesia local se for necessário, outra tentativa é efetuada com pequenos bisturis e finas pinças.
Caso não seja possível remover fisicamente o fio, há ainda a possibilidade realizar um processo químico para a dissolução do fio. Por fim, o procedimento cirúrgico para retirar o fio é a última alternativa para evitar a necrose do tecido.
O diagnóstico precoce é o que permite os melhores resultados para reverter o quadro da síndrome do torniquete e evitar complicações. Para isso, é preciso reconhecer seus sintomas.
Sintomas da síndrome de torniquete
As queixas de incômodo do bebê sem motivo aparente é o primeiro indicativo de que algo não está certo.
O segundo sintoma, mais específico, é o inchaço e vermelhidão no local em que foi formado o torniquete. O inchaço é decorrente do acúmulo de sangue no local, ao haver uma barreira física que atrapalha seu fluxo.
A mudança de cor da pele é outro indício de que algo está errado naquela região. Com algumas horas, a depender de quão apertado está o fio, é possível perceber uma coloração vermelha no local.
Agora, é provável a formação de uma obstrução parcial do fluxo sanguíneo, o que configura a hipóxia. Essas condições ainda não representam um risco alto de morte do tecido.
Com o agravamento do quadro, as extremidades vão ganhando tons arroxeados até se tornarem azuladas. Esse é um sinal de alerta para a piora do cenário e desperta preocupação.
A coloração azul indica o avanço da necrose tecidual, ou seja, uma lesão celular irreversível. O impedimento da oxigenação nas pequenas veias e artérias leva a isquemia, uma interrupção de elementos essenciais para o funcionamento celular.
Neste cenário, é preciso normalizar a circulação sanguínea o mais rápido possível para evitar a morte de mais células e permitir a recuperação do tecido ou órgão.
Como ocorre a síndrome de torniquete
O torniquete de cabelo pode ocorrer em qualquer momento do dia, em qualquer local. Em geral, como os bebês dormem bastante e a síndrome tem sintomas contínuos, as queixas surgem durante o sono.
Um fio de cabelo solto, muitas vezes dos próprios pais, se enrola profundamente na pele dos bebês, que ainda não possuem a mesma proteção do tecido epitelial de superfície que um adulto.
A derme, camada intermediária da pele, chega a ser três vezes mais finas em bebês com menos de três anos. Isso favorece a penetração do fio na pele e dificulta a sua remoção.
Como prevenir a síndrome de torniquete
A prevenção da síndrome de torniquete é feita com higiene do local para evitar que fibras enrolem nas extremidades do bebê.
Buscar cabelos nas roupas que o bebê usará pode evitar o problema, já que meias, luvas, pijamas e demais itens de vestuário podem acumular pelos.
Ao ouvir o choro, recomenda-se tirar toda a roupa do bebê e checar os dedos e as extremidades do corpo para ver se não há nenhum fio preso.
Conforto e segurança para seu bebê
A Bebê Dorminhoco se interessa pelo sono de qualidade do seu filho e pelo seu bem-estar. A síndrome do torniquete pode ocorrer ao dormir, portanto, toda a atenção é necessária.