Autismo infantil: um quebra-cabeça delicado

Autismo infantil: um quebra-cabeça delicado

O autismo infantil é um dos tipos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), que se caracteriza como uma disfunção no neurodesenvolvimento de uma criança e pode gerar complicações na fala, comunicação e interação com outros indivíduos.

 

Esse transtorno pode afetar crianças de todos os gêneros e etnias, mas estima-se que a incidência seja 4,5 vezes maior no sexo masculino.

 

No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas estão no espectro autista, sendo que 400 a 600 mil estão na faixa dos 18 anos, e 120 a 200 mil são crianças de menos de 5 anos.

 

Se analisarmos o mundo inteiro, cerca de 70 milhões de pessoas são autistas, conforme a Organização Mundial da Saúde — OMS. Os casos de crianças com autismo são maiores que o câncer, diabete e AIDS juntos.

 

Como a incidência é ainda maior em crianças, é comum identificar esses traços e sinais logo na infância. Por isso, os pais devem ficar atentos para realizar o diagnóstico quanto antes, para começar a adaptar hábitos e realizar atividades de desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida da criança desde cedo.

 

Para aprofundar nesse assunto e auxiliar as mães de crianças autistas a conhecerem melhor os seus filhos, o Bebê Dorminhoco preparou um texto com tudo sobre autismo infantil, incluindo as principais informações e algumas recomendações para garantir o melhor desenvolvimento para a sua criança. Vamos lá?

O que é autismo?

O autismo é uma disfunção no sistema neurológico que não possui cura e possui causas desconhecidas.

Segundo a OMS, o Transtorno do Espectro Autista possui diversos graus diferentes, variando entre intensidades leves e graves.

 

Entretanto, alguns especialistas dizem que o autismo não é dividido em graus, e sim em “categorias”, como se todos os espectros tivessem a mesma intensidade, mas apresentassem características diferentes.

 

Especialistas estimam que 90% dos casos acontecem por conta de fatores genéticos, sendo que os 10% restantes ocorrem por conta de fatores externos, já que o ambiente no qual o indivíduo está inserido pode alterar sua composição genética.

 

Ainda que não possua uma cura efetiva, não é novidade para os especialistas da área que esse transtorno pode ser trabalhado e tratado para amenizar as dificuldades sociais e interativas que crianças autistas enfrentam.

 

Algumas crianças acabam não desenvolvendo certos padrões de comunicação e interação. E se isso não for trabalhado ao longo do seu crescimento, pode trazer efeitos colaterais durante a fase adulta.

 

Principais sinais de autismo infantil

 

É possível identificar os principais sinais de autismo após o 1º ano, e quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances da criança continuar o seu desenvolvimento de forma mais saudável.

 

Entre os principais sinais de autismo na infância, podemos citar:

  • Não olhar para a mãe durante a amamentação;
  • Não atende pelo próprio nome;
  • Indiferença com brincadeiras; 
  • Atraso na fala;
  • Reações exageradas a estímulos de luz, som e texturas.

 

Lembre-se que quaisquer crianças, autistas ou não, podem apresentar os sinais apresentados neste tópico. Apenas um profissional da área da psicologia pode fazer um teste de autismo e realizar um diagnóstico preciso.

Atividades para crianças do espectro autista

Após o diagnóstico, o primeiro passo a ser dado é começar os trabalhos para desenvolver e motivar a parte social da criança e contribuir para a inclusão dela na sociedade. Nessa etapa, as seguintes atividades podem ser realizadas:

  1. Ludoterapia

A ludoterapia é uma psicoterapia com foco nas… brincadeiras! Através dessas atividades, o psicólogo consegue “acessar” a parte interior da mente da criança e entender reações e respostas para auxiliá-la a superar desafios sociais.

  1. Histórias e músicas

Contar histórias e cantar ou escutar músicas são atividades que incentivam o envolvimento das crianças. As narrativas, junção de palavras e apresentação de contextos que estimulam a imaginação ajudam na expressão de emoções e interpretação de situações.

  1. Atividades físicas

As atividades físicas são muito recomendadas por profissionais da psicologia. Uma simples caminhada pelo parque pode trazer inúmeros benefícios. Entretanto, é importante ficar atento às atividades com excesso de barulho e interação, já que pode gerar incômodo na criança.

 

O melhor jeito de encontrar a atividade perfeita para a sua criança autista é experimentar. Observe o seu comportamento durante as tarefas, e continue fazendo as que ele se interessar e descarte as que ele não gostar. 

 

O importante é continuar trabalhando e desenvolvendo o sistema neurológico e incluir as crianças nas atividades sociais para evitar complicações futuras.

 

Relação entre autismo e o sono do bebê

Segundo a Academia Americana de Neurologia, 80% da população autista apresenta dificuldades em dormir e descansar durante a infância.

 

As principais dificuldades incluem a rejeição à hora de ir dormir, precisar da presença dos pais ou responsáveis para pegar no sono, ou problemas em dormir por várias horas seguidas.

 

Sabemos a dificuldade e até mesmo o “medo” dos pais em colocar as crianças para dormir. Por isso, desenvolvemos o método Bebê Dorminhoco, baseado em teorias da neurociência e criado para facilitar e melhorar o sono do seu bebê.

Confira outras postagens do nosso blog ou conheça mais sobre o método Bebê Dorminhoco.

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Vitor

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