Ansiedade Infantil: conheça os tipos e como identificar

criança com ansiedade tapando os ouvidos em um quarto com desenhos na paredes e ursos na estante

O Brasil é o país com mais pessoas ansiosas em todo o mundo. De acordo com a Organização Nacional de Saúde (OMS), são cerca de 18,6 milhões de brasileiros ansiosos, o que equivale a quase 10% de toda a população. 

Infelizmente, muitas crianças fazem parte desse número, e os pais podem não conseguir perceber ou compreender a gravidade desse problema. Como as crianças ainda estão em desenvolvimento e o cérebro está em formação, elas não conseguem entender o que estão sentindo da mesma forma que um adulto. 

Cerca de 10 a 15% das crianças têm algum tipo de transtorno psiquiátrico, sendo o quadro de ansiedade os mais comuns. Esse tipo de problema tende a ser mais frequente em meninas e pode se desenvolver de casos leves até mais graves, causando possíveis prejuízos funcionais. 

Neste artigo, preparado pela Bebê Dorminhoco, iremos abordar os tipos de transtornos de ansiedade infantil, como identificar e o tratamento mais adequado. Continue a leitura para se manter informado! 

 

O mal do século: a ansiedade

A ansiedade, assim como o estresse, é uma reação natural do corpo, que acontece em momentos de medo ou tensão. Como, por exemplo, na hora de uma prova, uma entrevista de emprego, uma viagem, etc. Nos casos das crianças, pode ser o primeiro dia da escola ou um fim de semana que passará na casa dos tios.

Porém, não é esse tipo de ansiedade que é um problema. A ansiedade psicológica ou patológica é um transtorno psicológico sério, que pode desencadear outras crises ainda mais severas, como a crise de pânico. 

A ansiedade é um estado emocional desagradável, geralmente acompanhado de desconforto físico, que se apresenta em excesso, de forma desproporcional ao problema apresentado. Em outros casos, é possível que ela apareça sem qualquer motivação específica. 

Os sintomas mais comuns são: tontura, insônia, tensão muscular, aperto no peito, palpitações e falta de ar. Em crianças, é comum o choro incessante, birras constantes, apatia e desinteresse em brincar, agressividade, dificuldades em socialização e, principalmente em bebês, a demora para falar.

 

Tipos de transtorno de ansiedade

É muito comum as pessoas não saberem que existem tipos de ansiedades e isso pode fazer os pais terem dificuldade de entenderem o que filho está passando. Mais que um “friozinho na barriga”, a ansiedade é um problema sério. 

Esses tipos de ansiedade infantil e seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Confira os 5 principais tipos: 

 

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

O mais comum e frequente tipo da ansiedade, se caracteriza exclusivamente pela preocupação excessiva. Os sintomas são os que estão no imaginário popular, como cansaço, irritabilidade, tensão muscular, insônia e palpitação. 

Essa preocupação pode estar relacionada a inúmeros aspectos da vida, como escola, amigos, briga entre os pais ou com irmãos.   

O Transtorno de Ansiedade Generalizada na Infância e Adolescência pode afetar a qualidade de vida, e, a depender da gravidade, pode impedir a criança de fazer tarefas simples, como brincar e dormir. 

As crianças com TAG, tendem a se isolar, se não foram ajudadas por um especialista. Há uma queda no desempenho escolar e pode levar ao desenvolvimento da depressão.  O tratamento mais adequado é a terapia, e em casos mais graves: o uso de medicamentos. 

 

Fobia social

Também conhecida como transtorno de ansiedade social, esse tipo de ansiedade é caracterizado pelo medo irracional de situações comuns para a maioria das pessoas. Um exemplo disso é o pavor de falar em público. 

As pessoas que sofrem com esse bloqueio, temem ser rejeitadas e humilhadas. Por isso, se privam do convívio social, como ir em festas, se alimentar com outras pessoas e, em casos mais graves, até sair de casa. 

É muito comum que esse transtorno seja desenvolvido na infância ou no início da adolescência. Crianças que não gostam de apresentar trabalhos em grupo ou ficam sozinhas na escolha podem sofrem com a fobia social. 

Se não for tratada, a ansiedade pode afetar as relações sociais, profissionais e amorosas na vida adulta, além de evoluir para outros problemas de saúde mental.  

O tratamento é feito por meio de psicoterapia e antidepressivos que podem ajudar a aumentar a confiança e melhorar a capacidade de interagir com os outros. A família tem um papel muito importante na hora de ser uma rede de apoio para garantir o sucesso do tratamento.

 

Síndrome do Pânico

O ataque de pânico é um episódio súbito de medo ou ansiedade intensa, juntamente com sintomas físicos, em que a pessoa se sente ameaçada sem haver um perigo real. Essa síndrome é caracterizada por ataques de pânico que, geralmente, ocorrem uma vez por semana. 

Os sintomas físicos mais comuns são: respiração rápida, batimentos cardíacos acelerados, sudorese, dor no peito e náusea.

A síndrome acontece quando a pessoa se preocupa em ter outros ataques de pânico e tenta evitar outras crises mudando o comportamento. As mulheres têm duas vezes mais chances de desenvolver a síndrome do que homens e é mais comum em adolescentes. 

O tratamento é o mesmo que os já citados, terapia e uso de medicamentos, além do apoio da família e amigos.

 

Agorafobia

Esse tipo de ansiedade se caracteriza pelo medo em locais ou situações em que a pessoa se sente insegura desproporcionalmente a um possível perigo que possa realmente acontecer. 

Por exemplo, a pessoa não anda na multidão porque tem medo de levar uma facada ou sofrer assédio. A agorafobia pode levar a ataques de pânico e a fobia social. Uma criança com agorafobia pode ter medo de se perder ou ficar sozinha em casa.  

O tratamento é feito por meio de terapias e uso de medicamentos. 

 

Estresse pós-traumático

Esse é um tipo de transtorno de ansiedade que pode se desenvolver em pessoas que vivenciaram um evento traumático, causando um sofrimento intenso. Pode ser um assalto, acidente de trânsito ou a perda de alguém muito próximo. 

Ao se lembrar desses episódios, as pessoas que sofrem desse transtorno podem sofrer com uma crise de ansiedade, tendo assim, os mesmo sintomas que uma TAG. 

A terapia e o uso de medicamentos também é o melhor tratamento para esse tipo de transtorno. 

 

Como identificar os sintomas

A ansiedade infantil é um pouco mais complicada de ser identificada, porque dificilmente a criança vai conseguir saber pelo que ela está passando. Portanto, é papel dos pais conseguirem identificar o que é normal e o que não é. 

Os pais precisam saber mais ou menos quais são os medos normais para cada faixa etária. Por exemplo, se a criança tem medo de coisas mais fantasiosas, na faixa da pré-escola é normal. Porém, se ela já é maior e ainda tem esse medo, é necessário procurar ajuda para entender os motivos. 

Quando a criança passa da fase da pré-escola, é normal ter medo de perder os pais, principalmente se há muitas brigas entre o casal ou se eles são divorciados. Porque nessa fase, elas começam a entender que a vida tem um fim e começam a temer ficar sem os pais. 

Assim, entendendo as fases da criança, é mais fácil compreender o que está fora do normal. 

Os sintomas mais comuns, como já citados, são:

 

  • Mudança nos hábitos alimentares;
  • Enxaquecas ou dores inexplicáveis; 
  • Pesadelos recorrentes; 
  • Distúrbios do sono; 
  • Isolamento social; 
  • Fobias; 
  • Perda de vontade de fazer atividades e brincadeiras as quais gostava;
  • Destruição de brinquedos ou objetos pessoais;
  • Tristeza sem explicação. 

 

A ansiedade dos pais passa para os filhos?

Se um dos pais é diagnosticado com algum dos transtornos de ansiedade, a criança tem 3,5 vezes mais chances de ter um transtorno de ansiedade que uma criança sem esse histórico familiar. 

Um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de um quadro de ansiedade é a herança biológica. Muitos adultos de hoje em dia tiveram os primeiros sinais ainda na infância, mas naquela época não se tinha todo o conhecimento sobre o tema como se tem hoje.

Além de cuidar da ansiedade dos filhos, você, pai ou mãe, deve cuidar da própria saúde mental. Pois é importante que você seja um exemplo para as crianças, assim elas levarão esse cuidado para a vida toda, tornando-se adultos mais conscientes dos problemas e sempre fazendo o tratamento com um psicólogo. 

O tratamento para a ansiedade infantil, como mencionado, é o acompanhamento com terapeutas e o uso de medicamentos, que nem sempre será necessário. Para se ter uma qualidade de vida melhor, é importante sempre levar a criança no começo dos sinais. 

 

Como tratar o Mau comportamento devido à ansiedade infantil 

O mau comportamento é um dos principais sinais da ansiedade infantil. Além do tratamento com o psicólogo, você precisará resgatar o bom comportamento, com respeito e amor do seu filho de forma natural.  

A consultoria da Bebê Dorminhoco auxilia famílias no Brasil inteiro que encontram ou sofrem com dificuldades na hora de criar uma relação saudável entre os bebês e crianças. 

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Vitor

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