A criança de 2 anos e 8 meses

A criança de 2 anos e 8 meses

Ela ainda cabe nos seus braços, mas é difícil que permaneça muito tempo parada no seu colo. Em busca de uma relativa independência, a criança pensa que já sabe tudo do mundo e quer ter as próprias escolhas.

Os últimos meses do terrible two, para o desespero das mães, se interliga com o terrible three ou tantrum trees, os 3 anos da birra. Como entendem melhor o mundo à sua volta, querem impor as vontades e vão bater o pé e brigar por isso.

Quanto à fala, a essa altura, as palavras soltas se unem a frases articuladas e é possível entender bem, com alguns erros de pronúncia, expressões completas como “quero a bola”, daí a tendência a exigir mais.

Como sempre, é preciso ser paciente, porém firme, para ensinar seu filho a entender o porquê de algumas ações e disciplinar sobre limites e comportamentos. Porém, em certos caso, você pode deixá-la tentar. Afinal, explorar é o aprendizado que surte um bom efeito no desenvolvimento.

 

Estímulos e Brincadeiras

Conforme se aproxima dos 3 anos, você vai perceber que seu filho tenta fazer tudo sozinho. A pressa que o dia exige, associada ao eterno instinto de mãe, faz com que você queira tomar à frente e fazer por ele. Resista ao máximo e o deixe passar por esse processo de aprendizado.

Uma brincadeira bem divertida é que vai estimular a criatividade, ajudar a movimentar o corpo e criar ainda mais vínculos entre vocês é Siga o Mestre. Reveze a vez de ser o Mestre e peça para imitar bichos, fazer movimentos, como ele conhece as partes do corpo, fale cada uma delas e, no meio da brincadeira, inclua um novo nome.

Dançar e cantar são atividades que dificilmente perdem a graça em nossa vida. Para o seu filho, é um momento muito divertido e você aproveita para fazer alguns exercícios enquanto pula e rebola com ele.

Ensine algum jogo com bola à ele. Talvez você já tenha um jogador de futebol em ascensão, ou um ótimo arremessador, que só precisa do incentivo certo. Se o espaço onde vocês moram é pequeno, programe horários ou algum dia da semana para irem à um parque e praticar.

Os jogos de memória treinam atenção e agilidade. Agora, as peças são em número maior. Você pode procurar figuras mais complexas como bandeiras de países ou os nomes em inglês, por exemplo. É uma forma de aprender brincando.

É claro, que essas atividades devem ser feitas sem exigir além do ritmo de desenvolvimento do seu filho. Todas precisam ser divertidas e aumentar vínculos. Alterne com ele sobre a escolha da atividade e entre na brincadeira junto. Caso você perceba algo que precise ser melhor avaliado, converse com o pediatra ou um profissional especializado.

 

Alimentação

Em um dia, ele come tudo que tem no prato, no outro, já não quer mais. O apetite da criança entre os 2 e 3 anos é bem irregular, o que causa uma certa confusão sobre qual alimento oferecer.

O importante é que durante todo o dia, a alimentação dele seja variada o suficiente para suprir as necessidades de nutrientes para o crescimento. Em uma pirâmide alimentar, inserida na Revista de Nutrição de jan/março de 2003, publicada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, que a distribuição desses nutrientes deve ser 15% para proteínas, 59% para carboidratos e 26% para lipídios.

Para ter, mais ou menos, uma ideia de quanto é isso, os pesquisadores indicaram 5 porções de carboidratos, entre arroz, batata, massa, por exemplo; 3 porções de verduras e legumes; 3 porções de frutas; 2 porções de carnes e ovos; 3 porções de leites e derivados; 1 porção de feijão; 1 porção de gordura e óleos e 1 porção de açúcares.

Todas, divididas em 6 refeições, sendo café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite.

 

Sono

Em muitas famílias, a hora de dormir pode ser um momento que a criança quer passar um pouco mais tempo com os pais, ou com um deles. Muitas resistem bravamente à ordem, porque querem aproveitar, outras vão pedir para contar a mesma história várias vezes.

Antes de se alterar e brigar com seu filho, inclua na rotina normal do sono dele, um tempo a mais para um pedido extra. Converse com ele sobre a importância de dormir àquela hora.

Certas adaptações na rotina devem ser feitas de acordo com a criança. Algumas, precisam extravasar um pouco, então faça uma brincadeira ou deixe que ela pule por um tempo. Faça um acordo, diga que ela pode pular ou correr por mais um tempo antes da hora do banho.

No quarto, após passar por toda a rotina para ir se acalmando, converse com seu filho sobre ele dormir sozinho na própria cama. Se a transição do berço ainda não acontecer, é bom começar, é importante para ele passar por isso.

Talvez ele ainda acorde algumas vezes e chame o seu nome, ou se levante a vá até o seu quarto. Com calma e paciência, converse sobre a hora de dormir, sobre possíveis medos e o coloque novamente na cama.

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Karla Mendonça

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