A criança de 2 anos e 4 meses

A criança de 2 anos e 4 meses

O desenvolvimento físico tem uma desaceleração, enquanto o cognitivo está a toda velocidade. O aprendizado da criança aos 2 anos e 4 meses é progressivo. Novas palavras e frases vão surgindo e ela sabe se expressar bem.

Ela gosta e quer interagir com outras crianças, mas as vezes alguns desentendimentos pode acontecer. Isso, porque ela ainda vê tudo como dela, brinquedos, pessoas, espaços.

Descobrindo como expressar as emoções e ter as vontades atendidas, ela vai demonstrar de forma intensa, com birra, chorando e gritando. Saber lidar de forma calma, porém firme ajuda também a criança.

Ela aprende a desenhar círculos e linhas. Os desenhos começam a ter mais cores. Arriscam pintar. Às vezes, temos o impulso de querer ensinar como pintar, mas deixe que ela explore a criatividade.

A escola, a interação com outras crianças e demais atividades do cotidiano são as melhores ferramentas para ela aprender. Se ela ainda não faz todas as coisas como outras crianças, converse com o pediatra a respeito, mas nunca a force além do ritmo.

 

Estímulos e Brincadeiras

A criança já consegue pular com os dois pés e a chutar a bola sem precisar se apoiar. Também arremessa a bola por cima do ombro com um pouco mais de força. Para estimular esses movimentos, use a criatividade com brincadeiras direcionadas.

Algumas crianças ainda não soltaram totalmente a fala como outras. Converse com o pediatra e, talvez um fonoaudiólogo para saber se é normal para o seu filho. Livros e brinquedos interativos podem ser bem úteis nesse momento.

Uma outra forma de estimular a fala é esperar que a criança fale o que quer antes de fazer. Muitas vezes, pela pressa do dia a dia, ao entendermos com um gesto, logo corremos para atender à necessidade. Espere um pouco, pergunte qual o nome do que ela quer.

Os jogos de empilhar ficam maiores. O desafio agora é fazer a maior torre de objetos que puder. Blocos de madeira, brinquedos próprios e até os potes da cozinha servem. Você pode aproveitar para perguntar as cores e contar quantos ela conseguiu colocar.

Se ela quer escolher a roupa para sair, deixe que faça. Pergunte qual ela quer ou mostre a gaveta. Bem coordenada, essa atividade estimula na tomada de decisões e cria autonomia. Depois de escolher, ela pode tentar vestir a roupa.

 

Alimentação

A variedade de alimentos é bem grande. Criar um cardápio semanal e tentar manter uma rotina facilitam a sua vida e faz bem à criança. Divida entre a quantidade certa de grãos, proteínas, carboidratos e açúcares.

A fruta é indicada ser servida in natura, porém você pode fazer uma vitamina para o café da manhã ou lanche da tarde. Pães, torradas e biscoitos podem ser incluídos nessa lista. Talvez, a criança escolha somente um tipo de alimento.

No almoço, tenha em mente que a criança come as mesmas comidas, não a mesma quantidade. Duas colheres de sopa de arroz, duas de feijão e um pequena porção de carnes e legumes garantem a nutrição.

Massas e purês também entram no cardápio. Talvez ela queira amassar as batatas durante o preparo. O importante é sempre procurar variar as opções, mesmo que a criança insista em querer a mesma coisa.

 

Sono

Alguns fatores podem atrapalhar a rotina do sono e causar um espécie de regressão do sono. Uma doença, a chegada de outro bebê, a própria crise dos 2 anos, até alguma mudança nas coisas em que a criança está acostumada, como o início da escola, por exemplo.

Como a fase dos 2 anos é caracterizada em aprender a tomar decisões, você pode mudar um pouco o ritual do sono. Deixe que ela escolha qual livro vai ler ou que lençol quer dormir nessa noite. Faça uma brincadeira divertida e ao mesmo tempo calma, para que a hora de dormir se torne agradável.

Se antes ela dormia bem no quarto escuro, pode ser que agora precise de uma luz mais fraca para conseguir dormir, mas apague depois que ela adormecer. Um bichinho ou objeto, como um travesseiro menor ou fralda de pano, ajuda a acalmar o medo.

Em caso de um medo maior, que prejudique mesmo a hora do sono, converse com o pediatra e talvez com um psicólogo para ter uma direção sobre o que você pode fazer para ajudar seu filho.

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Karla Mendonça

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